Pet Model Brasil cria cartilha para orientar produtoras, adestradores e tutores na hora de participar de produções audiovisuais; conheça boas práticas do mercado
Seja gato, cachorro, tartaruga, hamster ou coruja, para lidar com essas espécies de animais em um estúdio de filmagem é preciso ter indicações exatas de como tratar o pet. Você sabia que para cada um desses bichos há uma cartilha feita que indica restrições, regras e até mesmo as ações que aquele modelo selecionado poderá realizar?
Assim como humanos, os animais têm horário limite para trabalhar, precisam ter descanso durante a gravação, espaço reservado para aguardar antes da filmagem, além de alguns mimos a mais, como a presença do tutor, que também é orientado a levar comida e os brinquedos favoritos do pet. Mesmo com todas as exigências e desafios que uma produção audiovisual com um animal apresenta, a demanda de jobs para os pets só cresce.
Para ensinar os tutores e as produtoras exatamente como trabalhar com os animais, a diretora da Pet Model Brasil, Deborah Zeigelboim, que também é idealizadora da cartilha, separou algumas perguntas e dicas importantes para a produção, confira:
1- O que é mais importante na hora de trabalhar com animais em produções audiovisuais?
Uma das etapas mais importantes é encontrar um pet que crie um vínculo comunicativo com as produtoras. Por isso, precisamos do roteiro de produção. A partir disso, vem a fase de pré-produção, ou seja, a busca de um pet que cause a empatia desejada pelo cliente da produtora, que tenha o treinamento necessário para desenvolver os comandos exigidos, entre outras características.
DICA: É essencial que a produtora envie um briefing e um storyboard, indicando os comandos necessários,com no mínimo 72 horas de antecedência. O animal terá então tempo hábil para ser treinado e preparado para o trabalho.
2- Quais são os principais cuidados ao colocar um pet no set?
Os principais cuidados no set são: tempo de permanência do animal no set de filmagem, espaço reservado para o animal aguardar a gravação da sua cena, menor número de pessoas durante a gravação, prioridade com a cena do animal, assim se evita que o animal se distraia e sofra um estresse desnecessário.
A produtora deve seguir à risca a cartilha desenvolvida e entregue no momento da seleção do pet. Cada espécie tem um documento desses, pois por ter o comportamento distinto, a maneira de cuidar e manusear cada um deles é diferente também.
Dica: Não é sempre possível trabalhar com espécies diferentes no mesmo horário, por dois motivos. Primeiro: há possibilidade de atrito entre os animais. Segundo: há maneiras diferentes de manejar cada animal, além de ser necessário dar atenção especial para cada um deles.
3- Qual o papel dos tutores durante a filmagem? É importante a presença deles ou pode atrapalhar?
Os tutores dos pets devem acompanhá-los principalmente por serem os responsáveis pelo animal. Porém, a responsabilidade não fica unicamente na mão dos tutores, ou seja, eles não vão para a gravação sozinhos, solicitamos que o adestrador esteja presente para proporcionar ao animal mais conforto, segurança, entrega das ações exigidas pelo cliente e facilitar a familiarização com as pessoas.
Dica: O pet precisa do apoio do tutor como família dentro do set de gravação. Por isso, sugerimos um agrado, como a refeição preferida do animal e os brinquedos que ele mais gosta. Mas é importante lembrar que, durante as gravações, fazer graça ou brincar com o animal pode prejudicar o seu desempenho. Ele precisa de atenção total para realizar as ações corretamente.
É válido ressaltar que, em toda produção audiovisual é necessário orientar a produtora corretamente. “Nosso trabalho também é de passar informações para as produtoras, ao adestrador e tutor para que o animal não seja submetido a nenhum trabalho que o prejudique, seja físico ou psicológico. Nós avaliamos cada proposta recebida, cliente e produto, bem como a mensagem que cada campanha irá passar”, explica Deborah.