Apesar do senso comum, os alvos do mosquito Aedes aegypti não são apenas as pessoas, mas também seres felpudos e de quatro patas. Pois é, como se já não bastasse a transmissão para seres humanos, o famoso “mosquito da dengue” também transmite uma grave doença nos cães: a Dirofilariose.
A dirofilariose, também conhecida como verme do coração, é uma zoonose, causada pelo filarídio Dirofilaria immitis que ataca preferencialmente cães, mas também outros mamíferos domésticos e até mesmo o homem. Esta enfermidade é muito comum em cidades litorâneas e de clima quente, no entanto há o relato de vários casos em cidades interlitorâneas longe do litoral. A dirofilariose canina é uma doença que tem entre seus vetores o mosquito transmissor da dengue, do zika vírus e do chikungunya.
A partir do momento em que o Aedes aegypti contaminado com a dirofilária pica o cão, o verme é transmitido para o animal, caindo na corrente sanguínea e indo direto ao coração, onde instantaneamente começa a causar danos. Podendo atingir até 20 centímetros de comprimento. É um verme que fica em forma de novelo. O animal infectado chega a abrigar no coração dez larvas ou até mais. Este parasita se alimenta dos componentes do sangue, nutrientes e proteínas do animal e causando cansaço, dificuldade para se exercitar, tosse e edema pulmonar.
Além do Aedes aegypti mosquitos dos gêneros Culex e Anopheles também transmitem essa doença.
Fonte: infoescola/ ultimosegundo Imagens: Reprodução/ canilmadjarof/ igpublic/
A preocupação sempre existe, pois os números dos casos de pessoas picadas pelo mosquito Aedes Aegypti aumentam sempre, principalmente nessa época próximo ao verão. Mas, e seu animalzinho, corre algum risco de ser infectado?
A resposta é NÃO. Os cachorros não podem pegar dengue. Embora o aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, seja capaz de picar outros animais, ele só consegue transmitir a doença para o homem, que é o único reservatório vertebrado do vírus. Portanto, mesmo que o seu cãozinho seja picado pelo mosquito transmissor da doença, ele não terá dengue.
Segundo um estudo de 2001, publicado no “Journal of Medical Entomology”, uma das possíveis explicações para isto é que o sangue humano possui uma determinada concentração de uma proteína, denominada isoleucina, que é utilizada pelo mosquito para sintetizar as suas reservas energéticas e conseguir se reproduzir. Devido a isso, o mosquito escolhe se alimentar de sangue humano, transmitindo a doença.
Via ANDA (Agência de notícias de direitos animais)
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