Adotar um pet é uma atitude de amor e entrega. Existe um grande número de animais que procuram um lar, e, independente de limitações, todos desejam o amor e o cuidado de uma família. Pets cegos, com problemas vertebrais ou sem membros também disputam diariamente pela chance de ter um tutor. Porém, é preciso mais do que um impulso de boa vontade para trazer para sua vida um animalzinho que possua algum tipo de deficiência.

Reprodução: Alex Carnrs

Reprodução: Alex Cearns

Ao embarcar neste tipo de jornada, um tutor precisa estar preparado financeira, emocional e psicológicamente, pois o pet irá requerer cuidados mais atenciosos que os demais. É o caso da arquiteta Fernanda Graneiro, que adotou em maio a cadela Paçoca, que sofreu uma lesão na coluna e ficou paraplégica e sem controle das necessidades fisiológicas. “Antes, era tudo mais dinâmico, era mais fácil sair de casa. Hoje, precisamos de uma programação. Ficamos, no máximo, seis horas seguidas fora”, explica.

Ainda assim, a alegria de presenciar dia a dia a superação do pet, supera estas dificuldades, além de ser uma lição de vida que pode ensinar a toda a família sobre superação e futuro. A fotográfa e diretora criativa australiana Alex Cearns é tão consciente dessa realidade que criou o ensaio Perfect Imperfection (Perfeição Imperfeita) com pets deficientes. Ela diz: “A maioria dos animais com ‘aflições’ não se afoga nelas. Eles se adaptam ao próprio corpo sem reclamações e sobrevivem com determinação. A tenacidade deles, em superar as adversidades, nunca deixa de me impressionar. Com eles, aprendi muito sobre sempre ver o lado positivo, em qualquer situação, e nunca a desistir.”

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Quando passava em uma estrada nos arredores de Socorocaba, interior do estado de São Paulo, a cabeleireira Bruna Chaves de Almeida Yungh encontrou um pit bull abandonado e com muitos ferimentos. Compadecida, Bruna decidiu abrir a porta do carro – e de sua vida – para o cão, acolhendo-o.

Fotos: Reprodução/Carlos Dias G1 – Arquivo Pessoal/Bruna Almeida

Batizado de Hércules, o pit bull começou um processo de recuperação físico e psicológico. O pet havia pego sarna e tinha medo de conviver com outros animais. Quem o ajudou foi Amora, a pastor-alemão de Bruna. “Ela praticamente ensinou ele a sair na rua. Quando eu tentava levar o Hércules para passear, ele travava. Já quando iam os dois, parece que ele se sentia mais seguro e eles andavam juntos”, comenta.

Hoje, apesar de pertencer a uma raça que ainda assusta as pessoas, Hércules ganhou a simpatia e o coração da família e amigos, que gostam de brincar com ele jogando bolinhas. O pet agora mora na casa da mãe de Bruna, Neuza Teixeira Almeida.

FONTE: G1

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